31.12.09

finalmente finalizando!


parece que foi ontem que vi as pessoas com nicks de 2000-INOVE e agora estamos no último dia do ano de dois mil i nove... inovou mesmo...

e pra começar a falar de dois mil e nove tenho que falar de coisas VELHAS... velhas como a minha página velha. que eu TIVE que fechar por uma FORÇA maior. força aliás que regeu meu ano.
janeiro começou manso... calmo... calmo demais pra ser verdade. e não era verdade mesmo, era a calma de hiroshima antes da bomba.
um acidente. vários incidentes e lá estava eu, vivendo na minha santa paz inventada...

foi bom, as vezes. quando a verdade não gritava na minha cara que eu não passava de uma bela mentira.
eu não suporto mentiras e descobri que isso é hereditário!
fugi tanto do mundinho de mentiras que tava me cercando que me vi sem muitas opções...
mas parece que no meio de um monte de mentiras algumas coisas em mim se mostravam muito verdadeiras.
as mudanças eram verdadeiras. e positivas.
e foi então que eu resolvi mudar o meu status de vira-lata... e abri esse espaço. que mesmo não tendo a minha cara, tem a mim. por inteiro. meu nome e sobrenome... agora sim, tá tudo assinado.


 e eu resolvi que sendo EU a primeira pessoa do singular, as regras de concordância verbal me impunham que os verbos conjugados concordassem em gênero, número e grau!
sendo assim... entrei em LETRAS na CATÓLICA! e dessa vez, cursei, que é mais importante.
e cooomo essa faculdade consumiu meu ano! de maneira fantástica, confesso, mas senhor... como ler é complicado.
digo, não ler apenas de forma decodificadora, mas também de forma parafrástica e principalmente da forma polissemica!
analisar Gil Vicente, Franz Kafka, Ariano Suassuna, Willian Shakespeare só no primeiro semestre foi um tranco e tanto.
aaaafe como eu mudei meu conceito sobre inteligência...
INTELIGENTE não é só você tirar notas boas nas provas, mas é deixar de sair em um sábado a noite pra tirar notas boas nas provas... é aí que a banda toca. é aí que entra a concordância nominal.
parei, parei, parei...
mas não sem antes falar que só sendo muito dedicada para passar em LATIM tendo as aulas sábado as 7:30 DA MANHÃ! [umaputasacanagem]

este foi um ano de EXTREMOS, ora você bate a cabeça no fundo, ora você consegue flutuar...

o mundo parecia que iria explodir a qualquer minuto e logo após apresentava um pôr-de-sol multi colorido. os seres humanos também oscilavam entre o céu e o inferno, apesar de a espécie ter propenção ao caos, como explicou Smith pra Morpheus em Matrix.
foi um ano que por muitas vezes me sentia sozinha em meio as multidões. e isso só me dava mais vontade de voltar pra casa.
aprendi o valor de se ter casa. o significado da palavra família: é o que você vai ser [e ter] quando você crescer.
cansei do caos que o planeta virou. e esse ano só me mostrou o valor do silêncio e da palavra.
as palavras destroem impérios ou levantam castelos... mas o valor do silêncio é imensurável e quando usado de forma inteligênte, valem mais do que muitas palavras.
as vezes uma bronca é necessária, as vezes é um estopim.
aprendi que o silêncio é a virtude dos loucos.


aprendi que sócrates estava certo quando disse DEIXA QUEM QUER MUDAR O MUNDO PRIMEIRO MUDAR A SI MESMO.
esse ano me ensinou a fazer a minha parte!
2010! um número redondo para um ano que vai ser um ano redono!!!



ABRE A PORTA E VAI ENTRANDO... FELICIDADE VAI BRILHAR NO MUNDO!


26.12.09

insanidade ilusória [?!?!]


não vou fechar o ano ainda. mas o farei em breve...
esse ano precisa mesmo ser FECHADO!
chega!
basta!
enought!
ano muito calmo
muito agitado
muito barulho
muito silêncio
 
calmo como hiroshima em agosto de 45

é como se a minha sanidade fosse mesmo insana
e a realidade bem irreal

[I´m ready for my close up now]

20.12.09


faz bastante tempo que li esse texto no espelho... melhor refletir.

Para Maria da Graça
(Paulo Mendes Campos)
Agora que chegaste à idade avançada de 15 anos, Maria da Graça, eu te dou este livro:
Alice no país das Maravilhas.
Este livro é doido, Maria. Isto é: o sentido dele está em ti.
Escuta: se não descobrires um sentido na loucura acabarás louca. Aprende, pois, logo de saída para a grande vida, a ler este livro como um simples manual do sentido evidente de todas as coisas, inclusive as loucas. Aprende isso a teu modo, pois te dou apenas umas poucas chaves entre milhares que abrem as portas da
realidade.
A realidade, Maria, é louca.
Nem o Papa, ninguém no mundo, pode responder sem pestanejar à pergunta que Alice
faz à gatinha: "Fala a verdade, Dinah, já comeste um morcego?".
Não te espantes quando o mundo amanhecer irreconhecível. Para melhor ou pior, isso acontece muitas vezes por ano. "Quem sou eu no mundo?" Essa indagação perplexa é o lugar comum de cada história de gente. Quantas vezes mais decifrares essa charada, tão entranhada em ti mesma como os teus ossos, mais forte ficarás.
Não importa qual seja a resposta; o importante é dar ou inventar uma resposta. Ainda que seja mentira. A sozinhez (esquece essa palavra que inventei agora sem querer) é inevitável.
Foi o que Alice falou no fundo do poço: "Estou tão cansada de estar aqui sozinha!" O importante é que ela conseguiu sair de lá, abrindo a porta. A porta do poço! Só as criaturas humanas (nem mesmo os grandes macacos e os cães amestrados) conseguem abrir uma porta bem fechada, e vice-versa, isto é, fechar uma porta bem aberta.
Somos todos bobos, Maria. Praticamos uma ação trivial, e temos a presunção petulante de esperar dela grandes consequências. Quando Alice comeu o bolo, e não cresceu de tamanho, ficou no maior dos espantos. Apesar de ser isso o que acontece, geralmente, às pessoas que comem bolo.
Maria, há uma sabedoria social ou de bolso; nem toda sabedoria tem de ser grave.
A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia: "Oh, I beg your pardon!" Pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para a tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato.
Foi o que o rato perguntou à Alice: "Gostarias de gatos se fosses eu?".
Os homens vivem apostando corrida, Maria. Nos escritórios, nos negócios, na política nacional e internacional, nos clubes, nos bares, nas artes, na literatura, até amigos, até irmãos, até marido e mulher, até namoradas, todos vivem apostando corrida. São competições tão confusas, tão cheias de truques, tão desnecessárias, tão fingindo que não é, tão ridículas muitas vezes, por caminhos tão escondidos que, quando os atletas chegam exaustos a um ponto, costumam perguntar: "A corrida terminou! Mas quem ganhou?" É bobice, Maria da Graça, disputar uma corrida se a gente não irá saber quem venceu. Se tiveres de ir a algum lugar, não te preocupe a vaidade fatigante de ser a primeira a chegar. Se chegares sempre aonde quiseres, ganhastes.
Disse o ratinho: !"Minha história é longa e triste" Ouvirás isso milhares de vezes.
Como ouvirás a terrível variante: "Minha vida daria um romance". Ora, como todas as vidas vividas até o fim são longas e tristes, e como todas as vidas dariam romances, pois o romance é só o jeito de contar uma vida, foge, polida mas energicamente, dos homens e das mulheres que suspiram e dizem: "Minha vida daria um romance!" Sobretudo dos homens. Uns chatos irremediáveis, Maria.
Os milagres sempre acontecem na vida de cada um e na vida de todos. Mas, ao contrário do que se pensa, os melhores e mais fundos milagres não acontecem de repente, mas devagar, muito devagar. Quero dizer o seguinte: a palavra depressão cairá de moda mais cedo ou mais tarde. Como talvez seja mais tarde, prepara-te para a visita do monstro, e não te desesperes ao triste pensamento de Alice: "Devo estar diminuindo de novo". Em algum lugar há cogumelos que nos fazem crescer novamente.
E escuta esta parábola perfeita: Alice tinha diminuído tanto de tamanho que tomou um camundongo por um hipopótamo. Isso acontece muito, Mariazinha. Mas não sejamos ingênuos, pois o contrário também acontece. E é um outro escritor inglês que nos fala mais ou menos assim: o camundongo que expulsamos ontem passou a ser hoje um terrível rinoceronte. É isso mesmo. A alma da gente é uma máquina complicada que produz durante a vida uma quantidade imensa de camundongos que parecem hipopótamos e de rinocerontes que parecem camundongos. O jeito é rir no caso da primeira confusão e ficar bem disposto para enfrentar o rinoceronte que entrou em nossos domínios disfarçado de camundongo. E como tomar o pequeno por grande e o grande por pequeno é sempre meio cômico, nunca devemos perder o bom humor.
Toda pessoa deve ter três caixas para guardar humor: uma caixa grande para humor mais ou menos barato que a gente gasta na rua com os outros; uma caixa média para humor que a gente precisa ter quando está sozinho, para perdoares a ti mesma, para rires de ti mesma; por fim, uma caixinha preciosa, muito escondida, para as grandes ocasiões. Chamo de grandes ocasiões os momentos perigosos em que estamos cheios de dor ou de vaidade, em que sofremos a tentação de achar que fracassamos ou triunfamos, em que nos sentimos umas drogas ou muito bacanas.
Cuidado, Maria, com as grandes ocasiões.
Por fim, mais uma palavra de bolso: às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. A dor também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um lago, pensava: "Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas."
Conclusão: a própria dor deve ter a sua medida: É feio, é imodesto, é vão, é perigoso, ultrapassar a fronteira de nossa dor, Maria da Graça.

13.10.09

ensaio sobre a tristeza

O segredo do amor é maior do que o segredo da morte. [Oscar Wild]
Nada é mais obscuro para a mente humana como a morte de um amor. A morte não é o fim, [dizem] é apenas um novo caminho a seguir, um novo passo, um novo rumo. Mas é rumo a quê?!?
'Ele foi para um lugar mais calmo' diziam para as crianças, mas quem sabe ao certo?
'Aposto que o seu pai está aqui com ele... contando piadas sobre a gente...' 'Agora ele vai poder descansar...' 'Não fique triste menina, ele está nos vendo... e continuará por perto...'
E quando eu poderei lhe dar um abraço?!?
E como eu peço ajuda ao meu pai no trabalho de literatura ou de produção escrita?!?
Que chato isso tudo. Ter que lidar com a morte nos mata aos poucos, nos faz sagrar sem ter feridas, nos faz pensar no tempo perdido com coisas tão pequenas.
Lágrimas derramadas por bobagens absurdas...
Que irônico.
Nessa vida, quase tudo é incerto... a única certeza que se tem é que todo ser vivo, morre. Mas ainda assim ficamos arrasados quando perdemos alguém que amamos. Aqueles que te ensinam o caminho e dizem coisas que você certamente dirá pros teus filhos.
E pior, é a dor dos que ficam... A esposa que viveu por 44 anos a seu lado, fará o que agora, sozinha pela primeira vez em mais de 44 anos?
O que faremos com todas as lembranças? Guardamos? Aonde?
Não há espaço, só um buraco e uma tristeza, que só vai acabar quando tiver passado e só vai ter passado quando a tristeza acabar.

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar...
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...

Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
[Cartola]

3.10.09

celebrate

algumas coisas mudam sempre, outras não mudam nunca...
as comemorações continuam as mesmas, mas after na faculdade é uma mudança um tanto quanto radical na minha vida... mas enfim...
let´s work!

Hipótese 2
Escreva um conto, em terceira pessoa, no qual, uma das personagens instaure um diálogo (intertextualidade) com uma personagem de obras da literatura clássica. Não se esqueça de deixar pistas para o reconhecimento.

Foi no seu aniversário de trinta anos que Andréia decidiu viajar sozinha para conhecer a Europa. Mesmo parecendo bem mais jovem, ela se sentia velha e cansada. Seus olhos claros pareciam cada vez mais negros no espelho, e seus cabelos negros cada vez mais claros. Depois da morte precoce de seu marido, Andréia perdeu o gosto por viagens e por livros. Ítalo foi seu primeiro namorado e, mesmo com todas as brigas por ela achar que ser militar era uma profissão perigosa (e não é que era...) eles viveram sete lindos anos juntos. Talvez por isso esses dois anos sem Ítalo tenham sido tão difíceis.
Ela não queria uma festa surpresa, como fizeram no outro ano, nem queria ir a um barzinho com a prima encalhada ‘conhecer gente nova’. Não pensou por muito tempo; fez as malas e comprou a passagem para Portugal, -é mais fácil entrar na Europa pela pátria mãe- e mesmo depois de se prometer que não seria uma viagem triste, passou sua primeira noite ouvindo fado na baixa Lisboa e viu, aos prantos, o amanhecer à margem do Tejo.
De Portugal, Andréia foi para a Espanha, França, Inglaterra, Suíça, mas ela se encantou mesmo com a Itália... ‘ma che bella Itália’... Conheceu Milão, Roma, Florença, Veneza e passou uma semana na pequena Verona. Não fosse o vai-e-vem dos carros nas ruas, ela poderia pensar que viajou no tempo ao ver a arena que serviu de anfiteatro romano desde os anos 30 a. C. e ainda é palco de óperas e touradas.
Era praticamente impossível não pensar em Ítalo pelas ruas de Verona; cada cafeteria, cada bar, cada pedaço da cidade respirava romance e ela era a única a passear sozinha.
Na última noite que passou em Verona, Andréia não dormiu. Sentou-se em um bar e bebeu alguns martinis, depois foi a uma badalada casa noturna da cidade e dançou até quase amanhecer, e conheceu um rapaz lindo que depois de muita vodca, pensou ser Ítalo. Ele tinha os mesmos traços fortes dele, mas não era tão alto. Aquela confusão de idiomas e cheiros fez com que Andréia saísse de lá sem se despedir do tal rapaz e voltasse a pé e descalça para o hotel.
Foi quando ela viu um lindo jardim em uma linda mansão e resolveu sentar-se um pouco. Ao olhar a beleza das flores e o reflexo da lua na piscina lágrimas caiam dos seus olhos sem que ela se esforçasse para chorar; a imagem de Ítalo não saia da sua mente e lágrimas cada vez mais grossas saiam de seus olhos. Então ela olhou as estrelas, o chão, deu um longo suspiro e começou a chorar de verdade; alto e soluçando, como uma criança chora quando sente dor. Pensou que seria uma vergonha se alguém a visse assim, mas não se importava, afinal, ela era apenas uma turista.
Foi enquanto Andréia soluçava e repetia a frase ‘você não podia ter me deixado’ que ela ouviu uma voz baixa e doce vindo de dentro do jardim:
-A senhora está bem? –disse a voz em italiano.
Andréia tentou disfarçar sua embriaguez e respondeu ainda enxugando as lágrimas:
-‘tutto bene, tutto bene...’
A menina insistiu:
-A senhora quer um copo d´água ou um lenço de papel?
Não havia nada que irritasse mais Andréia do que ser chamada de senhora... e duas vezes já era demais. Virou-se e olhou a bela menina que estava abaixada atrás dela vestindo uma camisola e com um ar de piedade e curiosidade: -A senhora parece triste. –disse a menina com um certo receio da expressão de Andréia.
-É... eu estou triste. –disse Andréia sem tentar disfarçar os olhos inchados.
A menina estendeu uma mão com um lenço e logo depois a outra com o copo de água.
-As vezes chorar faz bem. -disse a menina -eu mesmo, já chorei tanto essa semana que daria para encher essa piscina.
-E por que uma menina tão jovem e tão linda choraria tanto assim? –perguntou Andréia já se recompondo da crise de choro.
-Por amor ora, por que mais choram as mulheres?!?
-É verdade... você ainda é uma menina, mas já pensa como mulher, não é.
-Me apaixonei muito nova pelo homem errado, isso nos faz amadurecer dez anos em dez dias.
-E eu me apaixonei pelo homem certo...
-Ele a abandonou?
-Não... antes fosse. Ao menos eu poderia vê-lo.
-Mas à pouco a senhora dizia...
-Senhora não querida, me chamo Andréia.
-Desculpe-me a indelicadeza, mas minha mãe insiste para que eu trate os mais velhos por senhor e senhora.
-Mas eu peço a gentileza de não me lembrar que sou uma senhora.
-Na verdade eu falo só por educação, pois a senhora... digo, você não parece em nada com uma senhora.
-Então me diga menina, por que seu homem é o homem errado.
-Ele é um Montecchio... e eu sou uma Capuleto... Nosso amor é impossível, nossas famílias se odeiam a gerações.
-Mas você ama o rapaz ou a família?
-Nós nos amamos, mas não podemos lutar contra nossas famílias.
-Mas vocês se amam? De verdade?
-Sim, de verdade... a primeira vez que o vi, sabia que era amor e que seria para sempre, mas logo fui avisada para manter distância, e que ele me faria mal.
-Mas ele não fez, não é verdade?
-Não... pelo contrário, ele me fez muito bem. Na mesma noite que nos conhecemos, depois da festa, ele me fez juras de amor bem ali, debaixo daquela sacada. E... –nesse momento a menina se detém, e não completa a sua frase...
-E... já sei... é segredo?!?
-Sim, temos um segredo... e se eu contar a você, mesmo sabendo que você não contará a ninguém deixará de ser segredo...
-Não tem problema, menina, não precisa me contar. Mas seja qual for a promessa feita, cumpra! Não deixe de amar por alguma ordem ou preconceito.
-É... nós cumpriremos a nossa promessa. Ainda nesta semana... e você? Não acredita mais no amor?
-Ah, querida, estou velha demais para me apaixonar perdidamente desse jeito, e eu não sei amar pela metade... ainda tenho que esquecer meu amor, para não esquecer como amar.
-Então por que ainda choras? Por que não deixa de sofrer e começa a viver? A vida é tão efêmera para sofrer por um sentimento tão nobre... –a menina disse isso enquanto olhava para a lua, e Andréia viu que o brilho dos olhos dela refletia o brilho da lua (ou seria o contrário?) e aquelas palavras tão fortes vindas de uma menina tão nova parecia sonho. Foi quando ela pensou no que tinha feito da sua vida nesses dois anos sem seu grande amor.
Não ligava para a sua mãe nem em datas como natal e aniversário, se afastou dos amigos, trancou a faculdade... enfim, Andréia viu que a menina estava certa. E que ela deveria viver mais e sofrer menos.
As duas conversaram por mais algum tempo e o sol começou a nascer...
Então Andréia se levantou ainda um pouco tonta pela quantidade de bebida ingerida naquela noite e agradeceu a menina pela atenção, pelo copo de água e pela conversa. Foi andando calmamente pela rua com os sapatos na mão e depois de pouco caminhar lembrou-se de uma gafe que havia cometido... voltou correndo pela rua e ainda pôde ver a menina fechando a porta de sua varanda para se deitar.
-Hey, menina... –disse Andréia quase sussurrando para não acordar seus pais. –você não me disse seu nome...
-Ah, claro... que distração a minha, conversamos tanto e eu nem me apresentei. Me chamo Julieta.
-Tenha bons sonhos doce Julieta, e mais uma vez obrigada.
Voltou então a caminhar com passos calmos pela rua com a estranha sensação de já conhecer Julieta de algum lugar...


Viviane Floripi 2º semestre Letras


22.9.09

18.9.09

to shock or not to shock

somebody NEEDS to do something!

I couldn´t see 30'' of this video... but I get the message


Pledge to go fur-free at PETA.org.

SIGN THIS!

15.9.09

texto dissertativo

Não vale a pena discutir o sexo dos anjos.
Se um problema tem solução, não há porque se preocupar. E se o problema não tem solução, não adianta se preocupar.
A vida simpres tende a ser prática e não há praticidade em mudar o mundo.

O mundo é muito grande e o ser humano muito pequeno, fato. E admitam, a maioria das pessoas não conseguem mudar a si mesmo, tendem a delegar essa função a outra pessoa. E isso é muito perigoso.
Pois uma pessoa passa a ser responsável por mudanças na vida de outra pessoa. E muitas vezes nem é a mudança necessária, pois como disse o poeta [clichê] cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é

Por que não se preocupar com as próprias mudanças?
Por que não assumir a responsabilidade das próprias mudanças? Por que só ver problema no outro? Por que ser tão dissertativo?

Sua vida é problema seu!
Seu caminho é só seu, mesmo que você siga alguem, essa decisão é sua. Mesmo que te indiquem o caminho, quem decide é você. E quem colhe os frutos é você.
Ah, que maçada querer mudar a vida dos outros, pensando que isso mudará a sua vida...
Perda de tempo...
Como discutir o sexo dos anjos...

"Be as you wish to seem. "
"To find yourself, think for yourself"
"Let him that would move the world first move himself"
[Socrates]

31.8.09

hoje eu não vou falar mal nem bem de ninguém



"A verdadeira função do homem é viver, não existir. Eu não gastarei meus dias tentando prolonga-los. Eu usarei meu tempo."

18.8.09

a gente até precisa fingir que é louco, sendo louco

Não dá pé
Não tem pé, nem cabeça
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito
Não tem nem talvez ter feito
O que você me fez desapareça
Cresça e desapareça...

Não tem dó no peito
Não tem jeito
Não tem ninguém que mereça
Não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada
Eu não fiz nada disso
E você fez
Um Bicho de Sete Cabeças...


5.8.09

o silêncio é a virtude dos loucos

depois de procurar, procurar, finalmente me encontrei!
com um rosto de cidade-fantasma. sentada numa cama suja. usando apenas minha ressaca e um vestidinho.
havia sangue a escorrer do nariz e me empastar os lábios. meus olhos tinham-se arroxeado.
cortes se abriram e uma série de ferimentos aflorou à superfície da pele. tudo por causa das palavras.
sinto como num sonho. onde me vejo e me entendo mas não me controlo.
é como se eu estivesse de fora. de fora da minha vida. sem poder me tirar daquele lugar.
e sem mim, eu jamais levantarei dali.
vejo olhos de lua nova.
e ainda ouço gritos.
parece que o mundo resolveu acabar hoje, e eu sou a única convidada.
me olho de novo naquela cama e vejo que quanto mais alto os gritos, mais as feridas sangram.
vejo as palavras me escalando e eu nada faço além de sangrar.
pareço uma estátua com o coração batendo.

-eu quero ir embora agora - digo eu, finalmente depois de sangrar o suficiente pra perder mais uma vida. não disse com raiva, nem sarcasmo. foi uma voz de vazio, para combinar com o rosto.

mas eu não vou.
eu nunca vou.
talvez sangrar seja meu vício.
e o silêncio, minha loucura.

"Aprendi silêncio com os falantes, tolerância com os intolerantes, e gentileza com os rudes; ainda, estranho, sou ingrato a esses professores."
Kalil Griban

2.8.09

OSHO

Gautama, o Buda, não é o único buda na história do mundo: milhares de budas vivem e já viveram no mundo, em diferentes partes do mundo. Eles podem não ser conhecidos como "budas", mas "buda" simplesmente significa "o desperto".

A palavra "buda" simplesmente quer dizer "o desperto". Esse não era o nome dele. Seu nome era Gautama Sidarta. Quando ele se tornou iluminado, aqueles que compreenderam sua iluminação começaram a chamá-lo de Gautama, o Buda. Mas a palavra "buda", de acordo também com Gautama, o Buda, é simplesmente inerente a todo ser humano, e não somente a todo ser humano, mas a todo ser vivo. É a qualidade intrínseca de todo mundo. Todo mundo tem direito, por nascimento, de tornar-se um buda. Qualquer pessoa desperta, em qualquer lugar do mundo, tem o direito de ser chamado de "buda". Gautama, o Buda, é somente um dos milhões de budas que aconteceram e que acontecerão.
A única qualidade que o buda tem, no centro do seu ser, é a observação, o testemunhar. Testemunhar é o todo da espiritualidade resumido numa única palavra. Testemunhe que você não é o corpo, testemunhe que você não é a mente e testemunhe que você é somente a testemunha. Apenas um espelho refletindo - sem nenhum julgamento, sem nenhuma apreciação, sem nenhuma condenação - espelho puro. Eis o que o buda é.

Ser um buda não é ser budista. O budista é um seguidor, o buda sabe.

No momento em que você conhece sua própria condição de buda, você conhece todos os budas - a experiência é a mesma.

Fique silencioso. Feche os olhos.
Olhe para dentro tão profundamente quanto possível.
Esse é o caminho.
Lá, no fim do caminho, você é o buda.

E a jornada é muito curta - um único passo.
Só é preciso total urgência e absoluta honestidade
para olhar direto dentro do seu próprio ser.
Lá está o espelho; o espelho é o buda.
Ele é sua natureza eterna.
você tem de entrar cada vez mais e mais fundo, até descobrir a si mesmo.
Não hesite. Não há nenhum medo.
Ê claro, você está sozinho, mas essa solitude é uma experiência enorme, bela.
E neste caminho você não encontrará ninguém, exceto você mesmo.

Relaxe e seja apenas um espelho observador,
que testemunha, refletindo tudo.
Nem aquelas coisas têm intenção de ser refletidas,
Nem você tem intenção de captar seus reflexos.
Simplesmente seja um lago silencioso refletindo,
e toda a bem-aventurança é sua.
Este momento presente se torna a não-mente, o não-tempo,
apenas uma pureza, um espaço sem fronteiras.
Essa é a sua liberdade.

E a menos que você seja um buda, você não é livre.
Você não conhece nada da liberdade.
Deixe essa experiência mergulhar fundo em cada fibra do seu ser.
Fique ensopado, encharcado.
Quando você voltar, volte encharcado
com a névoa da sua natureza búdica.
E lembre-se desse espaço, desse caminho,
porque você tem de carregá-lo durante as 24 horas
em todas as suas ações.
Sentado, em pé, andando, dormindo, você permanece um buda.
Então, toda a existência se torna um êxtase.

28.7.09

só eu mesmo pra desculpar tanta incapacidade de amar

pra ser leve não posso caregar minhas dores... que dirá as suas.
lamento. não tenho esse tempo...
não tenho tempo pras suas mentiras. nem pras suas verdades inventadas.
antes eu não ligava de não saber te ver.
você sempre escondido atrás de você...
eu só achava que você era capaz de ser de verdade.
mas isso não quis dizer que você tinha a obrigação de ser de verdade.
eu que esperei demais de você.


dizem que se você for ao inferno é importante ficar ao menos uma semana.
vai ver foi isso.
eu precisei me mudar pro inferno pra saber que meu lugar não é lá.
que se eu realmente não aceito a vidinha que se leva lá, é bom me manter longe.

não vou sentir falta nem do seu silêncio.

7.7.09

velha demais para fugir com o circo

[Pessoa]
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

2.7.09

leve como um hipopótamo

e quando eu vi as únicas coisas que eu sentia por você eram pena e medo.
não conseguiamos conversar, você não confiava em nada, não admitia nada e passava o tempo todo dizendo que eu não era suficiente.
me invadiu, me formatou e ainda assim, não era suficiente...mas um homem como você não pode ser abandonado... e eu não conseguia deixá-lo, por mais que eu corresse.
acontece que não sinto mais nada. nem amor nem dor.
não me sinto livre, mas me sinto leve.
cansei de contar as perdas. cansei de aturar suas vinganças baratas.
num dia um rei gritando, no outro um servo aos meus pés.
seus extremos me enlouqueceram.
e eu tenho que adimitir, você é muito mais cativante quando é mais real.
que pena...
sinto meu tempo perdido.
sinto meu coração partido.
e eu tenho que te deixar ir.
é triste...
mas você estragou até as lembranças boas que tinhamos.
as coisas sempre foram do seu jeito. e nunca ninguém contestou isso.
você me desarmou assim que chegou.
e depois disso me levou ao céu e ao inferno...
sempre de um extremo ao outro... e sempre muito rápido.

eu espero que seja verdade
espero que você só tenha me atrapalhado pra me ajudar a me mostrar que sou muito melhor.
e eu espero não esperar mais nada.

27.6.09

after noon


dias cheios e noites vazias. mente cheia e coração vazio. cinzeiro cheio e copo vazio. bolsa cheia e carteira vazia. MESA cheia e cama vazia.

[∂ση'т ραу ησ αттєηтιση тσ мє... I gσт α ∂ιѕєαѕє]

5.6.09

VERDADE DE CRIANÇA!

SEMANA DO MEIO AMBIENTE!
eu não tenho nada para dizer.
a não ser 'assistam esse video!'

31.5.09

é inverno no inferno e nevam brasas

I've got another confession to make!
I'm your fool...
Everyone's got their chains to break
Holding you.

...não precisa de nada disso... é só acender mais um cigarro e tomar mais alguns cafés e tudo fica melhor.
e foco ainda é a minha pessoa. mesmo que seja auto destruição da minha pessoa.
mas eu acho válido... meu cérebro viu que ler não é só ler e meu coração viu que amar não é só amar.
imagina a confusão.

Were you born to resist?

Or be abused?
Is someone getting the best of you?
Or are you gone and on to someone new?

a vida é um joguinho simples que a gente resolveu complicar... mas ainda assim, por mais complicado que possa parecer toda essa simplicidade, as suas escolhas fazem você. [simples, não?]
e as vezes pequenas escolhas te levam a direções muito longe do que você esperava.
meu pai sempre me disse cuidado com o que você deseja... porque pode acontecer.

I needed somewhere to hang my head
Without your noose
You gave me something that I didn't have
But had no use

é difícil você mostrar pra alguém que você não precisa de tudo que ela te oferece.
que você precisa de coisas simples.
porque você acaba precisando de muitas coisas simples, que te fazem parecer exigente...
é muito mais 'fácil' você exigir poucas coisas complicadas do que muitas coisas simples.
complicado isso né?!?

I was too weak to give in
Too strong to lose
My heart is under arrest again
But I'll break loose

não adianta. não quero que me superestime, nem que me subestime... preciso que me estime. me respeite.
não adianta prender para não perder. porque uma 'coisa' presa não tem 'vida', tem a sobrevida...
e ninguem quer alguem que sobreviva apenas.

My head is giving me life or death

But I can't choose
I swear I'll never give in
I refuse

eu sei que cada um tem o que merece e não me importa o que acontecerá amanhã. continuo fazendo do hoje meu dia mais importante.
porque se der alguma coisa errada hoje, amanhã será um problema... [ai que dia confuso]

Has someone taken your faith?
It's real, the pain you feel
The life, the love you'd die to heal
The hope that starts the broken heart
Your trust?
You must confess

não se pode confiar em ninguem... triste, mas é a verdade.
se você entrega a chave pra outra pessoa ela perde o interesse, porque não se tem mais segredos, e não se pode esconder mentiras com a chave na mão... entende?!?

I've got a another confession, my friend
I'm no fool
I'm getting tired of starting again
Somewhere new

não sei ainda quantos cafés e quantos cigarros eu vou precisar pra voltar a escrever algo realmente bom sobre a minha vida...
algo que seja cultivado DE VERDADE, chega de escrever sobre mentiras.
[que puxa]

24.5.09

I'll choose unloved instead



...e por ela se julgar infalível, faliu...
por julgar que na teoria se aprende, enganou-se.
por pensar que excessões não se aplicam a regras.
por falar em auto-suficiencia.
por querer quebrar paradigmas.
por adaptação... por comodismo.
por insistir em ver o invisível.
pelo impulso do salto.
pelo vício do precipício.
pelo prazer da mudança.
pela ilusão da adaptação.
por tudo isso...
e pelo simples desejo de desejar ser desejada...

ela acreditou em mentiras.
viveu histórias inventadas.
e inventou um final feliz...
que nunca chega ao final.
[e eu nem sei se ela já sabe disso]

10.5.09

PAX

HINDUÍSMO:

Não faças aos demais aquilo que não queres que seja feito a ti; e deseja também para o próximo aquilo que desejas e aspiras para ti mesmo. Esse é todo o Dharma, atenta bem para isso
(Mahabharata, apud. Rost, p.20; Campbell, p.52)


JUDAÍSMO:

Não faças a outrem o que abominas que se faça a ti. Eis toda a Torá. O resto é comentário
(Hillel, apud. Shclesinger & Porto, p.26; Rost, p.69)

Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor
(Levítico 19:18)


ZOROASTRISMO:

Aquilo que é bom para qualquer um e para todos, para quem quer que seja - isso é bom para mim... O que julgo bom para mim mesmo, deverei desejar para todos. Só a Lei Universal é a verdadeira Lei
(Gathas, apud. Rost, p. 56)


BUDISMO:

Todos temem o sofrimento, e todos amam a vida. Recorda que tu também és igual a todos; faze de ti próprio a medida dos demais e, assim, abstém-te de causar-lhes dor
(Dhammapada, apud. Rost, p.39)


CRISTIANISMO:

Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, porque isto é a Lei e os Profetas
(Mateus 7:12)

O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei
(João 15:12)


ISLAMISMO:

Nenhum de vós é um verdadeiro crente a menos que deseje para seu irmão aquilo que deseja para si mesmo
(Hadith, apud. Rost, p. 103; Campbell, p.54)


FÉ BAHÁ'Í:

Ó Filho do Homem! ...se teus olhos estiverem volvidos para justiça, escolhe tu para teu próximo o que para ti próprio escolhes. Bem-aventurado quem prefere seu irmão a si próprio... tal homem figura entre o povo de Bahá'í
(Palavras do Paraíso; "Terceira" e "Décima" folhas do Paraíso)


WICCA:

Tudo o que você faz, seja positivo ou negativo, retorna para você três vezes mais
(Lei trina)


CONFUCIONISMO:

Não ordene a outros aquilo que você não quer que seja ordenado a você
(Anacletos 15:23)


JAINISMO:

Na felicidade e no sofrimento, na alegria e na tristeza, respeite todas as criaturas assim como respeita a si mesmo
(Lord Mahavir 24º Tirthankara)


ÍNDIOS NORTE-AMERICANOS:

Respeito por toda a vida é a fundação
(A grande lei da paz)


SIKHISMO:

Não esteja alienado dos outros, pois Deus mora em todos os corações
(Sri Guru Granth Sahib)

http://www.saindodamatrix.com.br/

3.5.09

strike a pose!





ensaio para aline tolloti
modeletes
vivi floripi e pennylane














GATA BONITA DO LAÇO DE FITAAA

27.4.09

contra FATOS não há ARGUMENTOS

FATO NÚMERO UM
eu sou corinthiana [maloqueira, sofredora, graças a Deus], desde pequenininha.

FATO NÚMERO DOIS
eu nasci e moro até hoje na cidade de Santos.

FATO NÚMERO TRÊS


FATO NÚMERO QUATRO
SILÊNCIO NA FAVELAAA
SILÊNCIO NA FAVELAAA
SILÊNCIO NA FAVELAAA


FATO NÚMERO CINCO
tô perdendo muitas amizades, inclusive arrumei briga com uma criança ontem e ele saiu chorando... e eu gritei 'se tu fosse corinthiano tu não passava por isso ow seu comédia.'

vai me dizer q eu tô mentindo ???

15.4.09

so tired. so sad. so faithless.

uma música só pra preencher o meu vazio

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar

Em tudo que achávamos
Tão certo...

Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...

Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...

Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...

Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...

Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...
[Legião]

30.3.09

DO THE EVOLUTION.

cada dia que passa me faz crer que a raça humana é mesmo o grande câncer do planeta...
a grande IDEOLOGIA do ser humano é conquistar e destruir.
classifica-se os animais como felinos, caninos, aves, répteis, insetos e consumidores.
sim, nada mais somos do que consumidores.
temos como objetivo principal possuir coisas que nos satisfaçam.
provamos nosso amor com uma jóia. quanto mais cara, maior o amor.
pessoas trabalham em dois empregos para comprar coisas que nunca vão usar.

*Tyler Durden disse:
AS COISAS QUE VOCÊ POSSUI ACABAM TE POSSUINDO.

não nos importamos em reciclar o lixo causado pelas coisas que consumimos, não pensamos na matéria prima gasta pra fazer o que consumimos, nem no trabalho, as vezes escravo, para fazer as coisas que consumimos... apenas consumimos...
nossos valores estão invertidos a tanto tempo que nem ao certo sabemos o que é errado.
a igreja 'excumunga' uma criança de 11 e toda a sua família por um aborto causado pela violência sexual do padrasto da criança... mas o padre NÃO excumunga o padrasto argumentando que ESTUPRO NÃO É TÃO GRAVE COMO ABORTO...
em que planeta?!?
claro que eu não sou a favor do aborto... acho desumano o bebê pagar pela irresponsabilidade de dois adultos. mas é uma questão de SENSO... nesse caso não precisa nem do BOM SENSO. apenas do SENSO. como uma criança de 11 anos cuidaria de mais duas crianças? feitas em ato de violência?!?
e falando em aborto... que patifaria, hein...
hoje em dia as mulheres tomam a pílula do dia seguinte semanalmente, pelo simples prazer de transar sem camisinha... e se por um acaso, ACONTECE de a mulher (não estamos mais falando de meninas) engravidar, é só comprar um citotec... e em uma semana o problema está resolvido!
ou não...
e temos mais uma criança com problemas físicos e/ou mentais neste mundo cão.
aaah, como a vida é injusta...
pais jogando filhos pela janela, filhos matando pais por dinheiro, pais aprisionando e molestando de filhas por anos... tendo filhos com sua filha... espancando bebês que ainda usam fraldas...

Hitler hoje em dia se sentiria pudico...

e isso me lembra uma antiiiga viniheta da MTV com o Matheus Nastergali que nem eles da MTV têm mais... era um texto que te obrigava a pensar sobre os seus valores e no final ele fazia uma pergunta:
O MUNDO ESTÁ INDO PRA FRENTE OU SÓ ESTÁ INDO MAIS RÁPIDO?!?
E PRA ONDE?!?

When I was a kid I used to pray every night for a new bicycle.
Then I realised God doesn’t work that way, so I stole
one and prayed for forgiveness.
-Emo Philips

20.3.09

não se espante, hoje é só mais um dia triste...

A vida é apenas
uma sombra ambulante, um pobre cômico
que se empavona e agita por uma hora
no palco, sem que seja, após, ouvido;
é uma história contada por idiotas,
cheia de fúria e muita barulheira
que nada significa


18.3.09

ѕυммєятιмє... αηd тнє lινιη'ѕ єαѕу!

um domingo qualquer...





















em um verão qualquer...















em um lugar... qualquer...

14.3.09

Veni, Vidi, Vomit

SÁBADO, 14 DE MARÇO DE 2009.
hoje eu acordei estressada, atrasada e entrei no meio da aula (página 06) de LÍNGUA E CULTURA LATINA.
...
07:30

...
[Basia Coquum]
parece que o meu cérebro se recusou a ligar o SAP...
aquela voz falando sobre nominativo singular e eu olhando pra apostila e imaginando se só eu não entendia nada...
[Quiquid latine dictum sit altum viditur]
mas todo mundo entendia... ninguem mandou eu faltar nas outras aulas...
daí o resultado é mandar mensagens surtadas pra amiga, atender o telefone falando INSULA EST MAGNA e ignorar o kikiki da 5ª série...
aaah q dia gigante!

[Fac ut vivas]

11.3.09

IMAGEM DA SEMANA



yes I do !
p.s. I´m the left one, okey?!?

8.3.09

O TEXTO MÁGICO


no inicio era o VERBO... e o VERBO era DEUS
e o VERBO estava com DEUS,
e já não eram sós , ambos conjugavam-se entre si,
discutiam quem seria a primeira e a segunda pessoa,
quem era VERBO, quem era DEUS,
a ação e a interpretação quem era a parte e quem era o todo.
DEUS (o pai, o filho e o espírito santo),
era também o VERBO (regular e irregular)
e todos questionavam-se sobre quem seria o sujeito
e quem seria o predicado,
quem se conjugaria no pretérito e quem renunciaria a forma "mais que perfeita"!
DEUS era o VERBO e o VERBO era DEUS,
conjugavam-se de maneira irregular explicitando suas diferenças, reconhecendo os fragmentos e os complementos buscavam a medida certa
e assim... reconheceram-se uno eu DEUS, tu DEUS, ele DEUS, nós DEUS, vós DEUS, ..., eles DEUS.
somos dotados deste curioso poder, mudamos nosso significado, nosso signo, nosso comportamento e nossos conceitos.
(que por sua vez chegam ate nós depois de se modificarem muitas e outras vezes!)
temos uma ferramenta e tanto nas mãos, e nos pés.
temos acorrentados nossos motivos de sobra pra relaxarmos
e acomodarmos com a vida que levamos agora
o teatro mágico é o teatro do nosso interior
a história que contamos todos os dias e ainda não nos demos conta
as escolhas que fazemos em busca dos melhores atos, dos melhores sabores,
das melhores melodias e dos melhores personagens que nos compõem,
as peças que encenamos e aquelas que nos encerram.
nosso roteiro imaginário é a maneira improvisada de viver a vida
de sobreviver o dia, de ressaltar os tombos e relançar as idéias, o teatro nosso de cada dia
[ENTRADA PARA RAROS]